Há mais de 20 anos, um projeto desenvolvido pela Diretoria de Saúde da Polícia Militar do Espírito Santo resgata a vida de pessoas que apresentam problemas relacionados à dependência química. Desde 1995, o Programa de Reabilitação de Saúde do Toxicômano e Alcoolista (Presta) foi criado para oferecer assistência à família policial militar, e atualmente atende também a comunidade.
O Presta oferece um tratamento especializado na área de dependência química (de medicamentos, entorpecentes, álcool e outras drogas) e realiza uma abordagem baseada na busca da consciência interior e compartilhamento de experiências. O objetivo é resgatar a saúde psíquica e emocional do dependente químico, para que ele possa recuperar sua autoestima e reconstruir seu projeto de vida. O importante é que não só o paciente é o foco do tratamento, mas também a sua família.
A assistência é feita por uma equipe multidisciplinar, composta por médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, conselheiros em dependência química e educadores físicos. O tratamento funciona em três etapas: acolhimento/ triagem, período de internação e pós-tratamento.
Funciona assim: o militar, seu familiar ou qualquer pessoa que reconhece o seu problema em dependência química e deseja procurar ajuda, pode ligar para o Presta e marcar sua consulta de acolhimento. Ele receberá todas as informações sobre o tratamento e como funciona o programa. Depois é realizada uma triagem, ou seja, um acompanhamento profissional de quatro semanas com o objetivo de trabalhar a desintoxição. Após esse período, se a pessoa realmente disser sim ao tratamento, passará para o período de internação.
Esta etapa dura em torno de 40 dias, na qual são desenvolvidas diversas atividades, como meditação, relaxamento, estudo dos 12 passos de Alcoólicos Anônimos (A.A) e Narcóticos Anônimos (N.A); aconselhamento em dependência química; terapia corporal, psicodrama, terapia de artes diversas, atividade física, grupos de mútua ajuda e orientação familiar, prevenção de recaída, além de palestras sobre DST e Aids, entre outras questões de saúde de forma geral. É como se a pessoa estivesse numa escola de período integral, inclusive à noite, podendo receber a visita da família nesse período.
A terceira fase é a da pós-internação, na qual a pessoa volta ao programa uma vez por semana, no período de dois anos, para participar do grupo psicoterapêutico. É neste momento que quem está internado se encontra com quem passou pela internação e consegue ver no outro uma projeção no futuro, como se pode estar daqui a algum tempo. O dependente percebe que pode parar de usar a droga, voltar a trabalhar, reorganizar a sua relação com a família, entre outras conquistas.
O Presta funciona dentro do Hospital da Polícia Militar, com uma infra-estrutura que inclui seis enfermarias, consultórios, sala de serviço social e leitos para a internação. De acordo com o coordenador do programa, tenente Rubens José Loureiro, por ano são realizados cerca de 3.800 atendimentos, acolhendo pessoas de vários estados – Minhas Gerais, Bahia, Brasília, entre outros. O programa já foi premiado duas vezes pelo Inoves, recebendo várias referências honrosas, e reverenciado também pelo Ministério da Justiça, com o mérito da valorização da vida.
“Quando o militar decide aceitar o tratamento, tem grandes chances de voltar para a corporação mais saudável e com uma saúde mental estabilizada. Ele se sente mais motivado a reestruturar sua vida”, opinou tenente Rubens, que é enfermeiro, com especialização e mestrado em Dependência Química, professor de saúde mental e psicologia da Emescam.
Semanalmente são abertas 18 vagas para a internação. O contato pode ser feito através do telefone 3639-6581, às segundas-feiras a partir das 8 horas.
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