Governo do Estado do Espírito Santo

Regimento de Polícia Montada

Comandante: Tenente-Coronel MARCELO LUIZ CHISTÉ



Histórico:

A história do Regimento de Polícia Montada da PMES (RPMont) pode ser dividida em dois momentos. O primeiro deles teve início com o surgimento da própria Polícia Militar em 1835, quando ainda era chamada de Guarda de Polícia Provincial. Já o segundo, há 20 anos com o início da era moderna da Cavalaria da PM.

Mas antes de falarmos da história do RPMont, necessário lembrar um pouco de como se deu a integração homem-cavalo há mais de 6 mil anos na Ásia Central. Historiadores afirmam que foram os nômades das estepes asiáticas os responsáveis pela domesticação do cavalo e Rink (2008), complementa:

Montado a cavalo, o homem pode alcançar velocidade superior à programada pela sua constituição biológica, e cavaleiro passou a ter uma relação com o tempo e o espaço diferente do resto da humanidade. Para ele, as distâncias diminuíram e o futuro se aproximou – amanhã podia ser hoje e semana que vem, amanhã. O mundo encolheu e tudo ficou ao alcance da sua ambição. Há cerca de 6 mil anos, a união simbiótica homem-cavalo quebrou a barreira do tempo biológico da humanidade e deu início à história como a conhecemos (Rink, 2008, p. 34).

Ainda nesse passeio histórico, observa-se que a cavalaria militar, considerada uma das mais antigas armas de guerra da humanidade e responsável pela conquista de diversas batalhas e territórios, era capaz de:

[...] manobrar de forma a flanquear, evitar, surpreender, retirar e escapar, de acordo com as necessidades do momento. Um homem combatendo montado num cavalo tinha também a vantagem de uma maior altura, velocidade e massa inercial sobre um oponente a pé. Outro elemento da guerra a cavalo era o impacto psicológico que um soldado montado poderia infligir sobre um oponente (WIKIPEDIA, 2013).

No Brasil, essa capacidade da cavalaria militar foi primordial para o processo de colonização e seus primeiros registros de combate fazem parte das “[...] crônicas sobre as guerras movidas pelos Governadores Gerais contra as nações indígenas na Bahia e Espírito Santo, no século XVI [...]” (Brasil, 1999, p. 20). Desde então, a cavalaria militar teve importante participação na história brasileira e foi moldando-se às mudanças na arte da guerra, todavia manteve suas principais características: mobilidade, flexibilidade e ação de choque.

No Espírito Santo, a história do emprego do cavalo pela Polícia Militar nos remete aos primeiros anos de criação da própria Polícia Militar, uma vez que na primeira metade do século XVIII os equinos já eram utilizados para o transporte dos militares que trabalhavam afastados da capital e por vários anos a Escolta de Cavalaria destacava-se como tropa de elite da PM capixaba até sua extinção na década de 60. Porém a história moderna da Cavalaria da PM começou a ser escrita há 20 anos, quando foi criado o 1º Esquadrão de Polícia Montada, com o nome de “Esquadrão Minas Gerais”.

A data foi marcada com a promulgação da Lei nº 4.705, em 09 de dezembro de 1992, e a escolha do nome se deu em homenagem à Polícia Militar de Minas Gerais responsável pelas fases de instalação e treinamento dos primeiros militares e equinos da polícia capixaba. Seis anos mais tarde, o Esquadrão foi emancipado administrativamente sendo alçado a Regimento de Polícia Montada, consolidando a eficácia operacional desse importante processo de policiamento empregado por polícias de todo o mundo.

Tal qual reporta a história da cavalaria medieval, nos últimos 20 anos o RPMont reescreveu sua própria história devido à necessidade de adaptação a nova realidade social, mas o fez sem deixar de lado as principais características que tornaram a cavalaria a principal arma de guerra da era medieval.

Sendo assim, mobilidade, flexibilidade e ação de choque permanecem atuais com o passar dos anos e hoje torna a Cavalaria da PM ferramenta indispensável para as políticas de segurança pública. Tem-se então que a mobilidade permite ao policial percorrer uma grande área para saturar determinada região de policiamento. A flexibilidade da cavalaria também torna possível empregar o RPMont em diversas operações policiais, como por exemplo as Operações de PO Montado, visando coibir os crimes contra o patrimônio nos principais centros urbanos da Grande Vitória; as Operações em Aglomerados para o combate ao tráfico de drogas e homicídios nas localidades do programa Estado Presente; e as Operações em Eventos para atender ao chamado de todas Unidades de Área do Estado. Por último a ação de choque causada pela tropa montada da PM é indispensável em situações de controle de distúrbios civis.

Além de realizar o policiamento montado diariamente, o RPMont também mantem um importante projeto social chamado Equoterapia que tem a missão de contribuir para o desenvolvimento psicomotor de pessoas portadoras de necessidades especiais. A Equoterapia também foi destaque no Prêmio Inovação na Gestão Pública do Espírito Santo (Inoves), nos anos de 2007 e 2012, demonstrando sua eficácia nas ações sociais desenvolvidas pela Polícia Militar.

Por essas e tantas outras razões temos orgulho em repetir a máxima: Sempre haverá uma Cavalaria!


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