Governo do Estado do Espírito Santo
29/09/2011 21h00 - Atualizado em 13/04/2018 16h28

Professor se emociona ao reencontrar policiais militares que o resgataram no Pico da Bandeira

O professor de Matemática Cassiano Rodrigues Filho, 38 anos, não conteve as lágrimas na manhã desta sexta-feira (30), ao reencontrar os policiais do Núcleo de Operações e Transporte Aéreo (Notaer) no Quartel da Polícia Militar. Ele teve um princípio de infarto na parte mais alta do Pico da Bandeira no feriado do dia 7 de setembro e foi resgatado pelos militares num helicóptero.

“Com certeza esses policiais fazem jus à farda que vestem. Eles amam o que fazem. Foram lá para salvar uma vida e foi a minha. Tive esse privilégio e graças a eles, estou vivo. O médico disse que eu tive um falso infarto. Foi um fato isolado e que pode acontecer com qualquer pessoa”, relatou o professor, que nunca tinha tido nenhum problema de coração.

Cassiano abraçou os policiais que o socorreram e chorou muito ao reencontrá-los. O soldado Márcio Gonçalves Lyrio, o capitão Wellington Kunsch e o capitão Daniel Quintella explicaram ao professor que estão sempre à disposição da população para salvar vidas. Em casos de socorro, os policiais no Notaer podem ser acionados pelo 190.

A história do professor começou na manhã do dia 7 de setembro. Ele e mais três amigos, sendo um deles, o sargento da reserva da PM Ananias Rodrigues Dias, subiram o Pico da Bandeira pelo município de Dores do Rio Preto. A cerca de 200 metros do ponto mais alto do pico – que tem 2.892 metros de altitude – Cassiano começou a passar mal, por volta de 11h30.

Os amigos ficaram desesperados e desceram alguns metros até o sargento Ananias conseguir sinal de celular. “Na hora só pensei em ligar para a Polícia Militar”. Ele fez 36 ligações para vários locais, entre eles, para o 190, Corpo de Bombeiros e 3º Batalhão da PM, em Alegre. Foi nesse contato que o Notaer foi acionado e os policiais do núcleo retornaram a ligação para o sargento Ananias para saber exatamente onde eles estavam.

Em menos de uma hora, a aeronave chegou ao Pico da Bandeira e em poucos minutos conseguiu pousar e resgatar o professor. Um dos amigos dele levantou uma bandeira de um time de futebol para serem vistos pelos policiais.

“Ele estava com os braços dormentes, com o peito dolorido, ofegante e com difícil respiração. O imobilizamos, colocamos balão de oxigênio e o levamos para o helicóptero numa maca. Foi um resgate com uma satisfação muito grande. Sensação de missão cumprida”, relembrou o soldado Lyrio, também muito emocionado.

Mas essa história teve um lado curioso. Após o resgate, os policiais tiveram que pousar novamente no meio de um campo de futebol no município de Espera Feliz, em Minas Gerais – do outro lado do Pico da Bandeira – onde estava acontecendo um campeonato.
“Do ar, pedimos para os jogadores interromperem o jogo e pousamos. A ambulância foi até o meio do campo e resgatou o professor”, contou o capitão Quintella.

De lá, ele foi levado para o Hospital de Espera Feliz, onde recebeu os primeiros atendimentos de um cardiologista. No mesmo dia, o professor foi transferido para um hospital de Guaçuí, no Sul do Espírito Santo, onde ficou internado por mais três dias.

O professor e os amigos moram em Divino São Lourenço, a 240 quilômetros de Vitória. Além dele e do sargento Ananias, o servidor público Arinaldo Garcia, 25 anos, também visitou o Notaer.


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