Orientar as crianças sobre os riscos das drogas e ao mesmo tempo dar dicas de segurança e cidadania para os pequenos em formação. Esse é o objetivo de policiais militares que visitam escolas das redes pública e particular do Estado levando instruções como o Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd) para a sala de aula.

Desenvolvido para alunos do ensino fundamental, com idade entre nove e 16 anos, o programa já formou, desde 2001, 170 mil estudantes que puderam conhecer de forma lúdica e com técnicas educacionais tudo sobre os riscos da droga e sua relação com a violência. Para este ano, a estimativa é levar o Proerd para 50 mil alunos que cursam o 5º e o 7º ano do ensino fundamental.

As aulas do Proerd são realizadas semanalmente, totalizando dez encontros nos quais os estudantes passam a conhecer o programa e recebem as cartilhas com as lições. No decorrer das aulas, eles aprendem a decidir de forma confiante a dizer “não” às drogas, após conhecerem um pouco mais os efeitos e as consequências do uso de entorpecentes. Além disso, a decisão na escolha dos amigos e saber resistir às pressões dos grupos são outros assuntos tratados nos encontros.

Apreendendo a ser cidadão
Além de orientar os alunos sobre os malefícios da droga, militares também dão dicas de segurança e cidadania. Entre elas, não falar com estranhos, ter atenção ao atravessar a rua, não pegar carona e saber a quem pedir ajuda são algumas das orientações trabalhadas em sala de aula. Os alunos também são orientados a ligar para o 190 somente quando for necessário.

Para abordar os procedimentos de segurança que podem ser adotados pelas crianças e adolescentes, tudo funciona de forma interativa, com a participação da turma. Para o soldado Wagner Darcy da Conceição, instrutor do Proerd há nove anos, o trabalho desenvolvido com os alunos é gratificante.

“Temos um retorno garantido ao trabalhar com as crianças. Percebemos no decorrer das aulas que elas passam a ter mudanças no comportamento. A convivência com os colegas melhora bastante, percebemos que elas começam a respeitar mais o espaço do outro e a pensar nas consequências de qualquer ato. É um trabalho gratificante”, diz ele.

Mirian Seibert Hesse é diretora escolar e diz que o Proerd tem uma importância altamente relevante. “Desde 2003 a nossa escola participa do Proerd. Além do conteúdo ser bem didático, a figura do policial que ministra as aulas também é importante porque ele fala com propriedade sobre o assunto, conhece e sabe as consequências do mundo das drogas. Tenho dois filhos que também participaram do Proerd e tudo que eles viram durante as aulas serviu de aprendizado e orientação”, disse.

Investimentos
Para impulsionar os atendimentos do Proerd em todo o Estado é preciso investir na capacitação dos instrutores e na estrutura de trabalho. O coordenador estadual do Proerd, tenente-coronel Jailson Miranda, explica que para isso novos projetos estão sendo implementados e parcerias estão sendo criadas.

“Temos criado parcerias com a iniciativa privada e pública para captar recursos e alavancar os trabalhos do Proerd. Para que o programa tenha cada vez mais excelência precisamos muito mais que motivação profissional. Temos que organizar a estrutura de trabalho, investir na formação de novos instrutores e oferecer um programa bem estruturado para os alunos. Nossa meta, somente para este ano, é formar mais 50 mil crianças”, diz ele.

O Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd) pode ser levado para escolas públicas e particulares de vários municípios do Estado. O telefone de contato do programa é o 3636-8723.

Informações à Imprensa:
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