Governo do Estado do Espírito Santo
29/04/2013 21h00 - Atualizado em 18/05/2018 10h41

Policial militar defende a natureza com ações repressivas e educativas


Policial militar há 26 anos, a subtenente Geruza Maria de Almeida, 49 anos, não deseja nada sofisticado para o Dia das Mães. Para ela, estar na companhia do marido e dos filhos em um lugar verde, arborizado e com bichos soltos na natureza já seria o suficiente para comemorar a data. O desejo não é por acaso. Geruza está no comando do 1º Pelotão do Batalhão de Polícia Ambiental, onde coordena as ações da unidade e uma tropa com 32 policiais. O conhecimento sobre as leis de preservação ao meio ambiente e o cuidado com a educação ambiental a acompanham não só no local de trabalho, mas também na família.

“É necessário mudar a atitude das pessoas e a educação ambiental permite essa mudança. Na minha casa fazemos isso com pequenas atitudes que começam em não jogar um lixo no chão ou economizar água no momento do banho. Sou exemplo dentro de casa e meus filhos também aprenderam a respeitar a natureza”, diz ela.

Geruza ingressou na Polícia Militar na terceira turma de soldados femininos do Estado, em 1987. Antes de ser policial trabalhou como empregada doméstica e em uma livraria, onde logo conseguiu o cargo de vendedora. Por coincidência, o que garantiu a ela se tornar uma vendedora de livros foi o interesse pela leitura, em sua grande parte, de livros relacionados à natureza e sobre legislação a respeito desse assunto. Hoje Geruza é formada em Serviço Social e se especializou em educação e direito ambiental.

No Batalhão, além de exercer atividades administrativas e operacionais, como ações de policiamento e fiscalizações em áreas urbanas e rurais, a subtenente também prepara eventos relacionados à educação ambiental como palestras em escolas públicas e eventos.

“Levar a educação ambiental à escola é sensibilizar crianças e adolescentes no trato não somente com os animais, o desperdício da água, da energia e destinação adequada do lixo, mas também da conservação da coisa pública: das salas de aulas, das praças, da praia, dos parques e, principalmente, no trato ao próximo, pois, por meio da sensibilização permitida com a educação ambiental estamos transformando pessoas para um pensar diferente e um agir com respeito ao próximo. Quando há respeito em nossa relação com o próximo a violência também diminui e isso é o que toda sociedade deseja.

A militar lembra que quando ingressou no Batalhão de Polícia Ambiental, em 2008, reforçou as atividades de educação ambiental na Região Serrana. Segundo ela, é comum em áreas do interior, pessoas capturarem animais silvestres ou cometerem outras degradações como corte de árvores, entre outros crimes ambientais.

“Sempre recebemos retorno de pais de crianças que receberam nossas palestras e que começaram a mudar o comportamento dos familiares com orientações sobre a preservação do meio ambiente, como não colocar armadilhas para capturar tatu, pássaros ou lagarto, por exemplo. Animal é para viver livre na natureza. Quando encaminhamos um animal para um centro de reabilitação para cuidados médicos e posterior reintrodução ao seu habitat natural é o momento mais feliz que temos. A sensação em ver o animal reabilitado para ganhar novamente sua liberdade é extraordinária”, finaliza Geruza.

Somente este ano, o Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA), já realizou a soltura de mais de 400 animais silvestres. Nos últimos cinco anos, 16.224 animais silvestres foram recolhidos, sendo 5.695 somente no ano de 2012. A unidade continua investindo em ações preventivas de educação ambiental em todo o Estado.

Rigor atrelado à esperança

Em setembro do ano passado, uma equipe do Batalhão Ambiental comandada pela subtenente desmantelou uma rinha de galo no bairro Piranema, em Cariacica, quando 15 pessoas foram conduzidas à delegacia. No local, havia 23 galos com sinais evidentes de maus tratos. Cena triste para a militar que age com rigor ao cumprir o seu dever, mas também acredita que a educação ambiental pode mudar a realidade do planeta.

“Se conseguimos mudar o comportamento de uma pessoa entre tantas outras, já é alguma coisa. Multiplicamos nosso conhecimento até transformar uma gota num oceano inteiro. Isso é mudar o mundo. Um simples gesto faz a diferença”, diz Geruza.

Ela conta que certa vez estava em um ponto de ônibus em frente a um comércio, quando uma pessoa entrou, comprou um lanche que veio embalado numa caixinha de isopor e, ao sair da lanchonete, a pessoa retirou o lanche para comer e jogou a caixa na calçada.

“Imediatamente, sem falar nada, colhi a caixinha de isopor do chão e a coloquei numa lixeira próxima, distribuindo apenas um sorriso para a pessoa. Um pequeno gesto, ou seja, o meu agir, com certeza mudou um comportamento, pois ao terminar o lanche, ela jogou o guardanapo na lixeira”, conclui a militar.


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