Quando as ocorrências de Segurança Pública se tornam complexas, com o risco de vida de reféns e policiais, técnicas de gerenciamento de crise são necessárias. No Espírito Santo, o Batalhão de Missões Especiais (BME) é a unidade policial militar responsável pela atuação direta em ocorrências com reféns e de distúrbios civis de grandes proporções.

Em comemoração aos 25 anos do batalhão, a unidade promoveu o 1º Seminário de Gerenciamento de Crises para que mais pessoas pudessem conhecer a importância do tema na atuação policial. O evento para 400 inscritos aconteceu no Centro Universitário de Vila Velha (UVV) das 9 às 18 horas desta quinta (18). Aberto ao público, a inscrição no seminário foi a doação de uma lata de leite em pó que serão encaminhadas a instituições de atendimento infantil.

O primeiro tema apresentado foi o ‘Planejamento de Ações Policiais em Grandes Eventos’ com foco nas medidas adotadas pelo ministério da Justiça para a Copa de 2014. O palestrante foi o capitão Geovânio Silva Ribeiro, da Polícia Militar do Espírito Santo e membro do Comitê de Coordenação de Segurança da Copa do Mundo de 2014.

Já no segundo período de palestras, o major Alessandro Juffo, que atua na logística do BME, apresentou um breve histórico da criação de grupos especiais de polícia ao redor do mundo, a partir da experiência de grandes atentados na década de 1970. “No Estado a criação foi um pouco tardia e a efetiva criação de uma unidade especializada em 1985 deu-se após a experiência negativa da ocorrência do Fórum de São Mateus em 1984”, explicou o major referindo-se ao fato que deixou várias pessoas mortas, dentre elas dois policiais militares.

A última palestra, com o tema ‘Comunicação em Momentos de Crise’, foi ministrada pelo capitão Ivan Blaz, que atua no BOPE da Polícia Militar do Rio de Janeiro como chefe do grupo de negociações. “É a primeira vez que venho ao Espírito Santo dar essa palestra e acho muito importante a iniciativa do seminário para que a tropa convencional e o público em geral conheçam o trabalho técnico da Polícia Militar”.

Para o guarda portuário Osvaldo Nascimento, o seminário foi surpreendente: “Quem não atua nessa área não tem noção de quão profissionais são esses policiais. Eles estão buscando o aperfeiçoamento contínuo para melhor atender à sociedade”.



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