O Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA) realizou uma palestra na manhã dessa terça-feira (15), no bairro Limoeiro, na Serra, para 30 motoristas em uma empresa de transporte interurbano e interestadual, como parte das atividades da “Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho”. Um funcionário, após a palestra conversou com seus familiares, que fizeram a entrega voluntária de um animal silvestre.
Durante a palestra foram enfatizadas as atividades exercidas pelo BPMA em todo o Estado, os atendimentos de demandas relacionadas à fauna, flora, pesca e degradação, bem como as ações de educação ambiental. Foi exibido um vídeo institucional e distribuição de folders educativos. Também foi abordado o tema “Meio ambiente e Constituição Federal”.
Considerando que o público, também foi abordado assuntos sobre o tráfico de animais silvestres às margens de estradas e rodovias. Os profissionais foram orientados a não alimentarem este tipo de comércio, bem como a denunciarem esses fatos.
Entrega voluntária
Como resultado imediato da palestra, logo após o retorno dos policiais ambientais para a sede da unidade especializada, eles receberam uma ligação telefônica de um dos funcionários, que participou do evento, que, conscientizado, também orientou a um familiar que resolveu fazer a entrega voluntária de um papagaio que estava em cativeiro há cerca de cinco anos.
O animal foi resgatado por uma equipe do BPMA, sendo identificado como “papagaio chauá”, espécie que consta na lista de animais em risco de extinção e que foi encaminhado ao Centro de Reintrodução de Animais Selvagens (Cereias), localizado em Barra do Riacho, município de Aracruz, onde será monitorado para posterior devolução ao seu habitat natural.
Segundo a palestrante, tenente Gerusa, a senhora de 56 anos que efetuou a entrega voluntária não quis que sua identidade fosse divulgada. Ela citou que foi conscientizada pelo parente a devolver o animal, depois que ele assistiu à palestra.
“Resolvi entregar meu papagaio, pois tenho certeza que será melhor para ele e para todos nós. A Polícia Ambiental me fez ver que estava errada em manter o bichinho dentro de uma gaiola e às vezes até por uma correntinha no pé. Recebi esta ave de presente de uma vizinha e quando ele chegou a minha casa, há cinco anos, estava bem magrinho, com poucas penas, então cuidei dele, ajudei na sua sobrevivência e hoje estou mais uma vez devolvendo a ele a possibilidade de viver de verdade”, disse a mulher, que acrescentou: “sentirei saudades, mas tenho certeza que fiz a coisa certa”, finalizou.
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