Depois de 45 dias de investigação, a Diretoria de Inteligência da Polícia Militar (Dint) e a Polícia Civil concluíram a apuração sobre o assalto ao Mosteiro Zen Morro da Vargem, em Ibiraçu, no Norte do Estado, e informaram que o crime não teve participação de policiais militares. O inquérito será encaminhado à Justiça na próxima semana.
Ao todo, oito pessoas estão presas e três homens, que participaram efetivamente do assalto, continuam foragidos e estão com mandado de prisão expedido pela Justiça. Um deles, que é de Cariacica, foi quem comandou o roubo, ocorrido no dia 22 de março.
Segundo o diretor adjunto da Dint, tenente coronel Edmilson dos Santos, durante as investigações descobriu-se que um ex-funcionário do mosteiro se desentendeu com o abade Daiju Bitti e por isto, planejou toda a ação repassando aos demais envolvidos que no local existiria grande quantidade de dinheiro e droga.
Este ex-funcionário do mosteiro trabalhava como agente penitenciário e foi exonerado do cargo depois que a polícia descobriu o envolvimento dele no assalto, segundo informou o diretor da Dint.
“Durante as investigações descobrimos que não havia no local nada do que ele disse, e os outros acusados se sentiram traídos com as informações do ex-funcionário do mosteiro”, informou a delegada Andréia Maria Pereira, da Delegacia de Aracruz, que participou das investigações, junto com a Superintendência de Polícia de Interior (SPI).
A Dint e a Polícia Civil investigaram a possível participação de policiais militares no assalto porque os acusados usaram termos militares enquanto torturavam as vítimas e também estavam encapuzados e com luvas. “A intenção deles era desviar o foco da investigação, usando expressões militares. Mas concluímos que nenhum policial participou deste assalto”, afirmou o tenente coronel Edmilson.
As informações sobre a conclusão das investigações foram divulgadas nesta sexta-feira (06) em coletiva à imprensa no auditório da Chefatura de Polícia Civil. Também estiveram presentes o monge Daiju Bitti, e os delegados André Cunha e Danilo Bahiense, da SPI.
O monge disse que ficou “espantado” com a informação repassada pelo seu ex-funcionário aos demais comparsas e agradeceu o trabalho de investigação das polícias. “Tenho que agradecer às polícias Militar e Civil e à Secretaria Estadual de Segurança Pública e Defesa Social (Sesp) que trabalhou efetivamente neste caso”, enfatizou o monge.
Segundo a Dint, a quadrilha que assaltou o mosteiro em março foi a mesma que invadiu o local no dia 7 de dezembro do ano passado, fazendo reféns. Participaram também das investigações policiais do 7º Batalhão (Cariacica) da PM, da Rotam e do 5º BPM (Aracruz). Ao todo, foram 70 policiais civis e militares envolvidos no trabalho para elucidar o caso.
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