O número de homicídios na Grande São Pedro, em Vitória, apresenta redução de 55% no período de janeiro a junho deste ano, comparados com o mesmo período do ano passado. A área ganhou reforço policial com as ações do Estado Presente, programa do Governo do Estado que leva às comunidades menos favorecidas ações de cidadania e combate à violência e à criminalidade. Militares mantêm no local uma política de aproximação com os moradores.
“Nos reunimos periodicamente com os moradores para discutir as questões de segurança da comunidade. Eles têm a referência de onde procurar a polícia e são orientados a nos ajudar com denúncias ao 181 e 190. Temos atuado em parceria com a comunidade e, graças à essa relação de confiança, conseguimos reduzir os índices de violência na Grande São Pedro”, explica o capitão Alves Christ, comandante da 5ª Companhia do 1º Batalhão.
Morador do Bairro Resistência há 16 anos, José de Souza, mais conhecido como Tilé, presidente do Movimento Comunitário, não hesita em dizer que nos últimos dois anos o local está mais seguro. “A polícia está presente em nosso bairro e hoje nos sentimos mais seguros. Sempre procuramos a polícia para tratar dos problemas na comunidade e somos atendidos. Quando há alguma ocorrência, temos a garantia de que o atendimento chegará e não ouvimos mais falar em homicídios por aqui”, disse.
Assim como a Grande São Pedro, em Vitória, bairros da Grande Vitória também apresentaram diminuição no número de homicídios. Em Nova Rosa da Penha, em Cariacica, houve queda de 13% e em Terra Vermelha, Vila Velha, os crimes contra a vida apresentam 8% a menos.
Ações conjuntas para prevenir e reduzir crimes
De acordo com o secretário de Estado de Ações Estratégicas, André Garcia, "não há motivo para comemorar, mas é importante destacar que estamos no terceiro ano de redução de homicídios em todo o Espírito Santo. O trabalho conjunto das polícias Civil e Militar, somado às ações de âmbito social, tem feito a diferença nas áreas escolhidas para a atuação do Programa Estado Presente. Monitoramos todos os meses como estão os resultados do Programa, e ver que nosso esforço se converteu em números positivos nos primeiros locais escolhidos é um sinal de que estamos trilhando o melhor caminho."
Para o comandante do Policiamento Ostensivo Metropolitano (CPOM), coronel Edmilson dos Santos, o trabalho conjunto entre as polícias Militar e Civil tem contribuído para esses resultados. “O trabalho desenvolvido pela PM, buscando essa aproximação com a comunidade reflete na confiança dos moradores e, consequentemente, em resultados positivos na segurança pública. A integração entre as polícias, com a troca de informação e ações voltadas para cada região, tem ajudado a prender criminosos que geram intranquilidade nessas comunidades. Intensificamos nossas ações e planejamos melhor a distribuição do nosso efetivo em áreas com maior risco social”.
Programa Estado Presente
O Programa Estado Presente é o programa do Governo do Espírito Santo para a prevenção e redução da criminalidade, principalmente homicídios, e diminuição dos fatores de vulnerabilidade social presentes em 30 aglomerados de bairros em todo o Estado. Juntas, estas áreas representam 50% dos crimes letais intencionais registrados pelos órgãos de segurança pública em 2010.
As ações do programa já resultaram no segundo ano de redução de homicídios e menor índice dos últimos 14 anos. Os primeiros seis meses de 2012 apresentam uma redução de 2% em relação aos homicídios no mesmo período de 2011. O Programa Estado Presente adota a estratégia de promover iniciativas integradas das secretarias estaduais com a atuação das prefeituras dos locais mapeados, visando à redução da violência e da criminalidade.
Ao mesmo tempo, para reduzir a vulnerabilidade social, atuam as secretarias de Assistência Social, Trabalho e Direitos Humanos (SEADH), de Esportes e Lazer (Sesport), de Educação (Sedu), de Saúde (Sesa), de Cultura (Secult), de Desenvolvimento (Sedes), da Ciência, Tecnologia, Inovação, Educação Profissional e Trabalho (Sectti), de Governo (Seg), Superintendência de Comunicação (Secom) e Defensoria Pública, com ações de apoio social aos moradores das comunidades atendidas. Muitas destas ações contam com a participação de entidades que possuem ferramentas de inserção social e atuação permanente junto às comunidades.
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