A tecnologia tem sido uma aliada das polícias no combate à violência. Desde 2011, cerca de 800 viaturas da Polícia Militar que realizam o policiamento ostensivo no Estado contam com computadores de bordo embarcados. O sistema, denominado Conecta, garante que os policiais façam de forma imediata a verificação de fichas criminais de pessoas suspeitas, consultas de documentos e placas de veículos.

Desde a implantação da ferramenta, cerca de quatro milhões de consultas ao sistema já foram realizadas por policiais militares que atuam nas ruas, considerando o período de novembro de 2011 a agosto de 2013. O sistema permite saber, no momento da abordagem, em tempo real, se um veículo possui restrição de furto, roubo, clonagem, se a carteira do condutor está vencida, se o suspeito já possui passagem pela polícia ou mandado de prisão em aberto, bem como a checagem de documentos. Nesse período, mais de dois milhões de consultas são relativas à verificação de veículos e pessoas.

De acordo com o assessor de Projetos Especiais da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Sesp), tenente-coronel Haroldo Magalhães Picalo Júnior, a tecnologia possibilita mais controle no armazenamento de dados. “As demandas da segurança pública aumentaram muito nos últimos anos e nosso grande desafio foi criar mecanismos para catalogar e juntar dados relativos ao atendimento de ocorrências. Contamos com o auxílio da tecnologia para disponibilizar informação. As ferramentas oferecem informação ao policial que está nas ruas; disponibilizamos o que temos de dados aos gestores da segurança para que eles saibam o que de fato está acontecendo e mostramos transparência para a sociedade”, diz.

O sargento Rogério Maurício Pedrosa está há 19 anos e meio na Polícia Militar. Segundo ele, antes do sistema Conecta, o serviço era bastante dificultado. Anteriormente, para consultar informações, os policiais precisavam acionar, via rádio, o Centro Integrado Operacional de Defesa Social (Ciodes) para que o operador de rádio fizesse a consulta no sistema, o que tornava o trabalho mais lento.

“O conecta deixou a gente com mais autonomia, sem contar que o serviço é realizado rapidamente, já que temos acesso dentro da própria viatura. Assim, já ficamos sabendo se a pessoa tem antecedentes criminais, mandado de prisão em aberto e até o grau de periculosidade do suspeito. No início nós tínhamos como procedimento procurar essas informações acionando o Ciodes via rádio e telefone. A rede ficava com muitos acessos, a demanda era muito grande e, às vezes, a consulta não era realizada”, diz o sargento.

Tecnologia na palma da mão

Além dos computadores de bordo embarcados em viaturas, policiais militares também utilizam aparelhos smartphones para acessar o sistema da segurança pública. São cerca de 100 aparelhos utilizados pelo Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran) e por policiais que fazem o policiamento a pé, em bicicletas, motos e à cavalo.

O soldado Ricardo Pavani, do 6º Batalhão, diz que com o aparelho é possível verificar placas de veículos, documentos atrasados, entre outras informações. “Essas ferramentas só vieram agilizar o nosso serviço. Temos acesso ao mapa rodoviário de várias cidades do Estado, conseguimos consultar fichas criminais de pessoas abordadas para checar se existe algum mandado em aberto. Essas ferramentas são uma mão na roda para gente: agiliza o trabalho e adianta o atendimento”, diz o militar.

Policiais do Batalhão de Trânsito foram os primeiros a utilizar aparelhos smartphones durante o atendimento de ocorrências e operações de fiscalização. O soldado Robson Giuberti Miranda e a soldado Elaine Rangel Teixeira ressaltam que a agilidade para realizar consultas tem garantido mais qualidade na prestação do serviço.
“Com o smartphone conseguimos todos os dados do condutor, a situação da CNH e até a checagem de imagens, como foto da carteira de identidade. Nosso serviço ficou mais ágil e mais eficaz”, concluem.


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