A Polícia Militar do Espírito Santo (PMES) utiliza equinos e cães em diversas ações para garantir a segurança da população. Os empregos diários são os mais variados e os animais submetidos a rigoroso treinamento para desenvolver as qualidades físicas e psicológicas necessárias para cada emprego.
Na PMES, todos os equinos e cães são tratados como verdadeiros integrantes da Polícia Militar e recebem atenção especial de seus cavaleiros, amazonas e condutores. Essa interação do policial com sua montada ou cão é salutar para o serviço, pois formam equipes que se conhecem e complementam suas qualidades para uma melhor prestação de serviço à comunidade.
O Regimento de Polícia Montada (RPMont) e o Batalhão de Missões Especiais (BME) são as duas Unidades Especializadas da PMES responsáveis pelo emprego dos equinos e cães. Há 20 anos esses animais são utilizados para auxiliar os militares no policiamento das cidades, no controle de distúrbios civis, na localização de drogas e explosivos, na busca de pessoas e na Equoterapia. Hoje, ao todo, são 131 equinos e 28 cães.
Cada animal utilizado pela PMES recebe tratamento especial que passa pelo manejo veterinário, alimentação balanceada, treinamento físico e cuidados essenciais para que eles possam ser empregados para suportar toda a demanda operacional. Além de atuarem diretamente no policiamento, os equinos também são empregados na Equoterapia cuja finalidade é auxiliar o desenvolvimento psicomotor de pessoas com necessidades específicas.
CAVALARIA
O equino é um animal herbívoro monogástrico com a particularidade de possuir um trato digestivo peculiar que o leva a necessidade de um manejo alimentar específico, principalmente quando permanece estabulado. Devido a essa particularidade, cada equino deve consumir uma quantidade mínima de 2% de seu peso, ou seja, uma quantidade de aproximadamente 10 quilos de feno por dia.
Outra característica singular dos equinos diz respeito ao fato dele estar na base da cadeia alimentar dos grandes felinos. Isso significa que a maioria dos equinos assusta-se facilmente, todavia o treinamento o faz enfrentar situações de perigo demonstrando total confiança no seu condutor.
Um grande exemplo dessa característica foi vivido pelo equino Bliz Krieg que enfrentou situações de fogo, bombas e disparos de arma sem manifestar qualquer alteração de medo que colocasse em risco a atuação do policial.
Além dessa coragem, alguns equinos também apresentam características individuais que permite sua utilização na Equoterapia realizada pela PMES desde 1995. De todos os cavalos utilizados pela PMES, o equino “Brasil” reunia as mais buscadas para esse emprego, com ênfase na docilidade, beleza e o fato de gostar de crianças.
“Brasil” foi adquirido pela PMES no ano de 1993 e empregado no policiamento montado em todo o Estado. Em 2000, ele foi destinado à Equoterapia onde permaneceu sendo empregado até seu falecimento em 2010 em virtude de uma doença rara que acomete sua espécie.
Atualmente, a PMES promove a inclusão social de 60 praticantes que vão desde crianças com dificuldades na escola até pessoas com paralisia cerebral. Dentre os praticantes estão crianças de 3 anos de idade e homens de 52 anos, o que reafirma a universalidade da Equoterapia no tratamento psicomotor e social.
De todos os equinos do RPMont, a mais nova é a potrinha Pérola com apenas 1 mês de vida e o cavalo mais antigo é o Caxambú com seus 24 anos. Enquanto a potrinha ainda vive com o contato de sua mãe, Caxambú trabalha diariamente na equipe da Equoterapia, juntamente com os equinos Abalo, Brutus e Bélico.
A área esportiva também é destaque na Cavalaria da PM. Em 2010, o conjunto formado pelo Major Sartório e o equino Comanche conquistaram o título de Bicampeão Brasileiro Militar na competição de hipismo clássico ocorrida no Estado de São Paulo.
Apesar desses destaques nas áreas de inclusão social e esportiva, o objetivo maior do RPMont é utilizar os equinos da PMES no policiamento montado por todo o Estado. Diariamente são empregados cerca de 30 conjuntos nas diversas operações.
As possibilidades de emprego da Cavalaria da PM são tão variadas e o treinamento tão diversificado que os policiais podem ser empregados nas Operações de Policiamento Montado de Referência, Operações em Locais de Alto Risco e nas Operações em Eventos.
CANIL
A Companhia de Operações com Cães, (CiaOpCães) é a subunidade do BME responsável pelo emprego dos cães da PMES. No canil são treinados os policiais e cães que atuam em diversas operações para encontro de entorpecentes, armas, explosivos, saturação de policiamento, escolta, controle de distúrbios civis, repressão a rebeliões de estabelecimentos prisionais.
A CiaOpCães possui 28 cães de raças variadas, cujas características são voltadas para cada um dos empregos destinados à ação policial. Entre as raças, estão labradores, pastores alemães, rottweiler e pastores belgas de malinois. Esses cães podem ser empregados em diversas atividades como controle de grandes tumultos, operações de reintegração de posse e desinterdição de vias.
Os cães mais novos do BME são filhores de rottweiler, de oito meses, e os mais velhos são pastores alemães Reyki e Dark, de 13 anos, que estão aposentados. Os cães chegam ainda filhotes ao Batalhão e o treinamento dura cerca de 10 meses e eles podem trabalhar até os nove anos de idade.
Em 2008, o cão pastor alemão Brutus atuou no resgate de vítimas da catástrofe que ocorreu em Santa Catarina.
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