Governo do Estado do Espírito Santo
24/05/2015 21h00 - Atualizado em 21/05/2018 10h02

Diretor de Saúde da PM é recebido pela Comissão de Segurança da Assembleia pra falar sobre o HPM

A Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa recebeu o Diretor de Saúde do Hospital da Polícia Militar (HPM), coronel Isson Feu Pereira Pinto Filho, em uma reunião na manhã desta segunda-feira (25). O Diretor foi convidado para explicar os principais problemas enfrentados pelo Hospital da Polícia Militar (HPM).

Na oportunidade o coronel Isson Feu apresentou aos parlamentares a atual situação do HPM, com seu número de leitos de enfermaria, Centro Cirúrgico, Pronto Atendimento, Centro de Promoção Social e o Centro de Perícia Médica.

De acordo com o Diretor, a estrutura física do HPM é deficiente para atender a grande demanda recebida. Atualmente o hospital recebe mais de 60 mil pessoas mensalmente. “Desde sua inauguração em 1992 o HPM nunca se beneficiou de intervenção de engenharia e arquitetura em sua estrutura física e elétrica”, destacou. O coronel afirmou que entre as consequências da falta de manutenção e da ausência do redimensionamento da rede elétrica estão o impacto direto no serviço de caldeira, na climatização do hospital e na oferta de serviços que demandam água quente.

Além dos problemas estruturais, o coronel Isson apontou que o HPM apresenta atualmente uma defasagem de 80% no seu quadro de profissionais. “Apenas para comparar, em 1992 contávamos com 82 médicos; hoje temos 22. Ou seja, após 25 anos de existência, esse número representa um déficit de 73,17% apenas no seu quadro de médicos”, alertou. O número é preocupante considerando que, apenas para o serviço de urgência do Hospital São Lucas, existem disponíveis 300 médicos vinculados à Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).

Outros dados alarmantes apresentados pelo oficial se referem à redução no número de leitos de enfermaria, que caíram de 200 para 100, no número de leitos no Centro de Terapia Intensiva (CTI), de 11 para 08, e a extinção da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN), que contava com 10 leitos. Como não bastasse a diminuição no número de leitos, o CTI está fechado desde Julho de 2014 e o pronto-atendimento infantil não oferece mais atendimento de emergência.

Apesar das dificuldades encontradas, o HPM historicamente já abrigou por duas vezes o pronto-socorro do Hospital São Lucas, o pronto-socorro do HUCAM, o pronto-atendimento da Prefeitura Municipal de Vitória, o Serviço de Verificação de Óbitos (SVO) da Sesa, entre outros serviços.

Ao ressaltar a importância da Unidade para a sociedade capixaba, o coronel Isson destacou ainda os inúmeros serviços e projetos desenvolvidos pelo HPM que se tornaram indispensáveis no atendimento dos policiais e bombeiros militares, de seus dependentes e do público em geral, a exemplo do Banco de Leite Humano, do Programa de Reabilitação do Toxicômano e Alcoolista (Presta), do Programa de Preparação para a Inatividade, do Programa DST/AIDS, da Imunização, Reabilitação e Fisioterapia, entre os quais muitos já foram premiados e certificados.



Termo de Cooperação Técnica

Como retaguarda do Estado no serviço de medicina legal e na disposição de seu espaço físico para abrigar pronto-socorros e serviços de outros hospitais, a Polícia Militar firmou termos de cooperação técnica para o funcionamento dos atendimentos.

A experiência atual é com o pronto-socorro do Hospital São Lucas, que desde 2010 utiliza o espaço do HPM. De acordo com Diretor de Saúde da PM, a validade desse termo expirou no dia 15 de março deste ano e ainda não foi reajustado e assinado entre as partes.



Concurso Público

Ao final de seu discurso, o coronel Isson propôs, além da volta das atividades do CTI do HPM e intervenção em caráter de urgência na estrutura física e da rede elétrica, a retomada imediata do Concurso Público.

O concurso do HPM foi suspenso em fevereiro deste ano para controle e redução nos gastos públicos. O edital do certame apresentou 32 vagas para médicos em diversas especialidades, uma vaga para médico veterinário, uma vaga para farmacêutico bioquímico, uma vaga para enfermeiro e três vagas para dentista.

De acordo com o Diretor de Saúde, os números de vagas disponibilizadas no edital estão longe de ser o ideal, mas já amenizam um pouco a crítica situação do hospital. “Com 32 vagas de médicos não conseguimos atingir sequer o número de profissionais que tínhamos em 1992”, disse.

O presidente da Comissão de Segurança da ALES, deputado Euclério Sampaio, salientou que os membros da Comissão não vão medir esforços junto ao Governo para a realização do concurso.


Informações à Imprensa:
Diretoria de Comunicação PMES
Coronel Antônio Augusto da Silva
Tel. 27 - 3636-8718 / 3636-8715
E-mail: secretaria.dcs@pm.es.gov.br

Priscila Pereira Barcelos / Marina Galvêas
Tels.(27) 98802-3244 / 98802-3326 / 3636-1573

2015 / Desenvolvido pelo PRODEST utilizando o software livre Orchard