Governo do Estado do Espírito Santo
23/08/2014 21h00 - Atualizado em 18/05/2018 14h51

Comandante da Rotam completa 30 anos na carreira de policial militar

No mês de agosto de 1984, há 30 anos, o tenente-coronel Wildelson Nascimento de Faria ingressava nas fileiras da Polícia Militar. Atualmente o tenente-coronel Wildelson comanda o Batalhão de Ronda Ostensiva Tática Motorizadas (Rotam).

O oficial iniciou a carreira fazendo o CFSd, o Curso de Formação de Soldados, no Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças da Polícia Militar do Estado do Espírito Santo (CFAP), local onde se formavam as praças da Polícia Militar.

Mais tarde, o militar foi aprovado no Curso de Formação de Oficiais (CFO), e ingressou na Escola de Formação de Oficiais da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, época em que os oficiais da corporação eram formados em outros Estados, sendo declarado aspirante à Oficial em 01 de dezembro de 1990.

“Foram momentos ímpares na vida, não me arrependo de nada que tenha feito até agora e com certeza faria tudo novamente, é como se estivesse começando agora. Se fazemos nosso trabalho com prazer, se amamos o que fazemos, as coisas se tornam mais fáceis, os desafios se tronam pequenos obstáculos, fáceis de serem superados.

É dessa forma que cumpri até agora todas as etapas de minha vida profissional. E como estou em um novo desafio, o de Comandar uma Unidade Especializada, com certeza será como se fosse o primeiro desafio.

Faço de cada dia de serviço como se fosse sempre o meu primeiro dia serviço na polícia, assim a rotina não me consome. Sou feliz no que faço, amo o que faço, por isso faço com prazer. É como se estivesse chegando agora na Polícia Militar”, afirmou o oficial.

Desafios enfrentados durante missões

A história do tenente-coronel Wildelson é marcada por inúmeros desafios e peculiaridades, dentre elas a participação em atividade internacional em Angola, na África em missão de paz da ONU nos anos de 1995 e 1996, na Missão de Verificação das Nações Unidas em Angola (UNAVEM II).

Por ultrapassar tantos obstáculos, o militar foi agraciado com inúmeras honrarias, como Medalha Vasco Fernandes Coutinho e Ordem do Mérito Forças Armadas no Grau Cavalheiro (EMFA). Porém uma honraria chama particularmente atenção: a medalha The United Nations Medal, concedida pela Organização das Nações Unidas, ONU, após um ato heroico do militar.

“Servi em três cidades durante minha jornada, sendo que a primeira delas ficou marcada pelas dificuldades do local e pelo acidente em que nos envolvemos. Foi na Cidade de Cafunfo, onde não havia comida disponível, nem água para consumo. Toda alimentação era enviada pelos colegas que permaneciam na nossa base na Capital e utilizávamos as aguas das chuvas para banhos e outros afazeres.

Foi também em Cafunfo que vivi o pior momento da minha missão. Numa manhã de sol nos preparamos para uma patrulha de rotina com objetivo de fiscalizar e apresentar a região para nosso novo Comandante que havia chegado dias antes.

Deslocamos nos veículos e em determinado local desembarcamos para deslocamento a pé. Seguimos por uma trilha até então tida como segura, até que ouvi uma explosão. Achei que estivéssemos sendo atacados por um grupo, mas quando me virei para retornar visualizei dois do nosso grupo caídos.

Um major da Holanda estava bastante ferido, foi atingido por estilhaços e o tenente-coronel do Zimbabue, nosso novo Comandante, havia perdido parte da perna esquerda ao acionar uma mina antipessoal. Momento de tensão, desespero e ao mesmo tempo de agir, de fazer um torniquete na perna do tenente-coronel, socorro ao major Bert e a necessidade retornar a base Angolana mais próxima que estava a 14 KM para buscar ajuda. Momento de relembrar e colocar em prática os ensinamentos, o primeiro e principal desafio foi o de retornar até o veículo, pois a preocupação era de não detonar outra mina, aprendemos que nas áreas minadas sempre existem mais de uma mina o que dificultaria nosso trabalho de resgate.

Consegui chegar ao veículo, buscar reforços e resgatar nossos companheiros. Os oficiais foram socorridos por aeronaves médicas e eu permaneci no acampamento. Uma semana depois, bastante abalado com os acontecimentos, também precisei ser socorrido, pois havia contraído malária.

Após o tratamento retornei para concluir minha missão tendo servido em mais duas Cidades Angolanas e finalmente no dia 24 de Janeiro de 1996 retornei para Brasil e para casa em Vila Velha onde fui recepcionado por amigos a familiares.

“As coisas não acontecem em nossas vidas por acaso, tudo tem uma razão de ser, guardo essas datas em minha memória com muita facilidade, pois por obra do destino o dia 24 de Janeiro, data do meu embarque de ida em 1995 de volta em 1996, é a data de aniversário de minha mãe”, lembrou o tenente-coronel Wildelson.

Comandos na PMES

O oficial sempre comandou Unidades Operacionais, na Grande Vitória e também no interior do Estado, mostrando-se um incentivador de seus comandados, inclusive participando voluntariamente do Curso de Capacitação para Integrantes do Grupo de Apoio Operacional, enquanto comandante da antiga 3ª Companhia Independente da PMES, no município de Linhares, hoje 12º Batalhão.
Ele foi Subcomandante da 1ª Companhia Independente da PMES, no município de Guarapari, atual 10º BPM, vindo a comandar a Unidade posteriormente. Foi comandante da 3ª Companhia Independente, no município de Linhares, hoje 12º Batalhão. Comandante da 10ª Companhia Independente, no município de Anchieta, comandante do 7º Batalhão, no município de Cariacica e Comandante do 1º Batalhão, no município de Vitória.

Hoje o tenente-coronel Wildelson comanda o Batalhão de Ronda Ostensiva Tática Motorizada (Rotam).




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