“Que benção eu recebi, obrigado meu Deus”. Essas foram as primeiras palavras ditas por Marina Mendes Pereira dos Santos, de 57 anos, ao reencontrar as duas filhas que há cerca de 18 anos não sabia do paradeiro. Em meio ao choro e com um abraço apertado entre as três, é que a aluno soldado, Aparecida Mendes Machado de 25 anos, reviu a mãe e a disse que a amava muito.
O reencontro foi marcado por muita emoção para a aluno soldado Aparecida, sua irmã Cristina Mendes, sua mãe e irmão. A aluno, que há tempos procurava a mãe, acabou descobrindo a cidade em que ela vivia por meio de uma aula da disciplina de Telecomunicações, com a ajuda do sistema da Rede de Integração Nacional de Informações de Segurança Pública, Justiça e Fiscalização – Rede Infoseg.
Promovido pela Diretoria de Comunicação Social da PMES (DCS, pelo Centro de Formação e Aperfeiçoamento (CFA) e com a ajuda dos policiais militares do 13º Batalhão, o reencontro aconteceu na cidade de Pedro Canário, onde a senhora Marina reside em uma casa humilde, com seu companheiro e seu filho mais novo, que também é irmão da aluno soldado. Sobre forte emoção a família não pode conter o choro de alegria.
“Ai meu Deus que emoção, eu fico muito feliz. Estou parecendo uma doida, mas eu estou muito feliz” revela ainda a senhora Marina ao ser abraçada por suas filhas. Elas por sua vez, com um abraço, revelam também que se sentem muito felizes e que amam a mãe. Foram poucas as palavras ditas por Aparecida, mas as emoções foram expressas de forma muito marcante e intensa.
Na oportunidade ainda, Aparecida informa para sua mãe que ela já é avó, presentando assim seu filho de cinco e a sobrinha, filha de sua irmã Cristina. O momento serviu então para que suas histórias, vividas separadamente por cerca de 18 anos, pudesse se reencontrar novamente. Sendo revelado assim quanto foi o sofrimento, seja por questões financeiras ou pela dor, distância e saudades vividas por todos da família, sem noticias dos parentes.
O desaparecimento
A aluno soldado Aparecida não sabia o paradeiro da mãe desde que tinha sete anos de idade. A mãe separou de seu pai quando ela tinha apenas cinco anos, deixando ela e a irmã morando com o pai, no entanto, menos de dois anos depois o pai veio a falecer e elas foram morar com a mãe em Afonso Cláudio.
Contudo, devido dificuldades financeiras a mãe levou Cristina, a irmã de Aparecida, para morar com os tios, em Vila Valério. Após seis meses a mãe também levou Aparecida para morar com os tios, pois, além de Aparecida estar com muita saudade da irmã, a mãe não tinha condições de arcar com as despesas naquele momento. Foi então dito as irmãs, pela mãe, que ela iria para a Bahia em busca de um terreno, fruto de uma herança e depois voltaria para buscá-las, no entanto, isso nunca aconteceu. Na época o irmão mais novo de Aparecida e Cristina, já era nascido e acompanhou a mãe para o outro Estado.
Aparecida sustentou um sonho, que era o de entrar na Polícia Militar. Quando Aparecida tinha 16 anos, veio morar no município da Serra com outros parentes para estudar e trabalhar. Durante o período em que estudava até passar no concurso da PMES, Aparecida trabalhou em vários empregos que iam de faxineira a balconista de lanchonete. Aparecida afirmou que passar no concurso para soldado foi a realização de um sonho e que pretende, em um futuro próximo, fazer o concurso para Oficiais da Instituição.
As buscas pelo paradeiro da mãe
Aparecida e a irmã Cristina, fizeram ao longo dos anos inúmeras tentativas de localizar a mãe, através de buscas nos cartórios eleitorais, programas de televisão e redes sociais, contudo todas as tentativas foram em vão, mas, no entanto Aparecida e a irmã nunca desistiram de localizar e rever a mãe. A sorte e a coincidência acabaram por permitir que a chama de esperança voltasse a ficar intensa nos corações das irmãs Mendes.
Localização da senhora Marina
Tudo aconteceu quando o major Roger de Oliveira Almeida, Instrutor da disciplina de Telecomunicações, comentou em sala de aula, em que a aluno soldado Aparecida frequenta no Centro de Formação e Aperfeiçoamento (CFA), que um policial havia conseguido localizar o irmão através do sistema Infoseg. A aluno soldado Aparecida comentou então com o major a situação de sua mãe desaparecida. Foi feita então uma consulta ao sistema e descobriu-se que a pessoa procurada estava morando em Pedro Canário e que todas as informações de seus parentes eram as mesmas da aluno soldado.
Com o auxilio dos militares que aturam no Serviço Reservado do 13º Batalhão, com sede em São Mateus, é que foi possível localizar com exatidão a residência da mãe de Aparecida. A partir de então foi marcado o encontro e elas puderam viver toda essa emoção.
Planos para o futuro
Aparecida que formará em breve como soldado da Polícia Militar do Espírito Santo, revelou no reencontro com a mãe e a partir daquele momento elas não mais se separarão. Hoje Aparecida mora em Vila Velha com o filho de cinco anos. Já sua irmã é professora no município de Vila Valério.
Segundo Aparecida, ela e a irmã ficaram muito felizes com a chance de reencontrar a mãe que não viam há tantos anos e que a emoção certamente tem tomado conta do seu dia a dia, por ter tido a oportunidade de novamente ver a mãe após ter passado todo esse tempo.
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