Em atendimento a uma denúncia anônima sobre aves em cativeiro na zona rural do município de Jaguaré, uma equipe da 3ª Companhia do Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA) esteve nesta quinta-feira (03) no endereço denunciado e flagraram a existência de 14 aves silvestres em cativeiro. Em Apiacá foram apreendidos um papagaio e uma maritaca.
Na residência de um lavrador de 34 anos, foram apreendidas nove aves e na residência de outro, de 32 anos, foram apreendidas cinco aves silvestres, tais como coleiro, canário-da-terra, bico de lata, bigodinho, caboclinho, papagaio, melro e azulão, além de 12 gaiolas e três alçapões.
Dentre as aves apreendidas havia um filhote de papagaio, que, pelas características, demonstra ter sido retirado do ninho, muito novo, sem a plumagem completa, dependendo de auxilio para a alimentação.
Também havia um azulão, espécie que consta na lista de animais ameaçados de extinção segundo Decreto Estadual 1499-R, de 2005, do Espírito Santo. De acordo com a Rede Nacional de Combate a Tráfico de Animais Silvestres (RENCTAS), a estimativa é de que para cada 10 aves retiradas da natureza, nove morrem. O azulão é uma ave muito cobiçada pela sua beleza exuberante, cantar bonito, alto e mais rápido que os demais, além de possuir uma cor chamativa. Por essas características, o azulão torna-se objeto de desejo dos predadores humanos.
Foi registrado o boletim de ocorrência e encaminhado para a Delegacia de Polícia Civil local.
No município de Apiacá, o BPMA apreendeu um papagaio e uma maritaca que estavam em cativeiro de forma irregular sem a autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), órgão ambiental competente.
Por se tratar de crime ambiental previsto no Art. 29, §1º inciso III da Lei Federal 9.605/98 (Lei de Crimes Ambientais), foi registrado o boletim de ocorrência e encaminhado para a Unidade de Polícia Judiciária de Apiacá onde a pessoa responsável será intimada a prestar esclarecimentos. Os animais foram levados para a sede do Ibama de Cachoeiro de Itapemirim. A pena prevista para tal crime é de detenção de 06 meses a um ano e multa.
Entrega voluntária
A Polícia Militar Ambiental informa que quem possuir animais silvestres de forma irregular poderá entregá-los voluntariamente nas sedes da Polícia Militar Ambiental mais próxima sem sofrer nenhuma sanção. Os animais serão encaminhados ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) ou ao Centro de Reintrodução de Animais Selvagens (Cereias), e reintegrados na natureza após avaliação e tratamento, se necessário.
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