No início da manhã desta quinta-feira (07), policiais lotados na 4ª Companhia do Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA) iniciaram uma operação no município de Vargem Alta, com o objetivo de cumprir diversos mandados de busca e apreensão expedidos pelo Comarca do município, nas localidades de Vila Maria e Taquarussu. Em três das residências visitadas foram verificadas irregularidades.
Em uma delas foi encontrada uma espingarda calibre 24 com 10 cartuchos intactos e dois cartuchos deflagrados, arma propícia para a caça de animais silvestres. O dono do armamento não estava presente no momento da diligência e a arma e as munições foram encaminhadas ao Delegado de plantão para providências.
Em outra residência foi encontrada uma garrucha calibre 22 com 14 munições de mesmo calibre intactas, 160 peças de palmito de origem nativa e 172 vidros vazios que seriam utilizados para o acondicionamento do produto. O responsável pelo material, um homem de 48 anos, foi conduzido pelos policiais à Delegacia de Polícia do município, onde foi autuado em flagrante.
Já em outra residência os policiais encontraram 338 peças de palmito de origem nativa, mantidos irregularmente em depósito. O responsável pelo material, um homem de 50 anos, fugiu pouco antes da chegada dos policiais e não foi encontrado. O material foi apreendido pelos policiais e também foi encaminhado à Delegacia de Vargem Alta.
Para o comandante da operação, capitão Reinaldo Faria, o que mais chamou a atenção foi a forma precária como o palmito apreendido seria processado para a comercialização. Segundo ele, “além do crime ambiental, constatamos que a forma como o palmito é acondicionado nos frascos é completamente contrária às normas sanitárias. Só para se ter uma ideia, um dos responsáveis pelo material apreendido disse que os frascos que ele utiliza são obtidos com pessoas que os obtêm em depósitos de lixo. Isso, sem dúvida, pode causar doenças às pessoas que consumirem o produto”.
Todo o material apreendido que ainda estava in natura, portanto, não contaminado, foi doado a entidades assistenciais, após parecer dos técnicos do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf). Os agentes do Idaf também lavraram dois autos de infração em desfavor dos acusados, nos valores de R$ 8.000,00 e R$ 16.900,00.
Importante saber
O palmito juçara é extraído de uma palmeira da espécie Euterpe edulis Martius, que apresenta estirpe único e que, por não produzir brotação, sua extração acarreta a morte da planta. A exploração ilegal da espécie, que está em risco de extinção, acarreta sérios prejuízos para o meio ambiente, pois além dos espécimes que são cortados, há o dano ambiental pela necessidade de abertura de trilhas e picadas na mata, prejudicando outras árvores e plantas.
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