Somar forças para combater o crack e demais drogas. Foi com esse propósito que o Governo Federal, em parceria com o Governo do Estado e municípios, iniciou o primeiro ciclo de capacitação do Programa “Crack, é possível vencer”, na manhã desta segunda-feira (20) no auditório da Faesa, em Vitória. O programa visa trabalhar em parceria com estados, municípios e a sociedade em três eixos: Prevenção, Cuidado e Segurança.
O objetivo é capacitar profissionais da segurança pública, educação, saúde e direitos humanos para aumentar a oferta de tratamento e atenção aos usuários de entorpecentes, além do enfrentamento ao tráfico de drogas. Neste primeiro momento, somente o município de Vitória fará parte do projeto piloto, com ênfase na região da Vila Rubim, local que concentra grande parte dos usuários de drogas da Capital.
“Este é um trabalho integrado, alinhado com políticas públicas, para que o programa tenha uma amplitude em todo território nacional. Neste início, o trabalho será concentrado em Vitória, mas o sucesso dessa política pública poderá se expandir para os demais municípios. Nosso objetivo é vencer o crack e demais drogas no Estado”, disse o subsecretário de Estado de Integração Institucional, Guilherme Pacífico da Silva.
Cursos
O 1º ciclo de cursos faz parte do eixo “Prevenção”, que inclui capacitações como o Curso Nacional de Multiplicadores de Polícia Comunitária; Tópicos Especiais em Polícia e Ações Comunitárias (TEPAC); Redes de Atenção e Cuidado ao usuário e Abordagem Policial a Pessoas em Situação de Risco.
Até o mês de setembro serão capacitados policiais militares, civis, bombeiros e guardas municipais, além de profissionais das redes de saúde, assistência social, educação, líderes comunitários e religiosos, conselheiros municipais e representantes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário em ações integradas.
O comandante geral da PM, coronel Ronalt Willian de Oliveira, destacou a importância do trabalho integrado no combate às drogas. “O crack é, sem dúvida alguma, o grande mal do século. E para vencer esse mal é preciso unir forças. A Polícia Militar do Espírito Santo já trabalha com prevenção, repressão e tratamento ao usuário de droga. Na prevenção, junto às escolas desenvolvemos o Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd); na repressão, com o policiamento ostensivo e também com tratamento, por meio do Presta (atendimento a usuários realizado por meio do Hospital da PM). Sabemos que esse desafio é árduo e somente de forma integrada poderemos vencer o crack”, disse o comandante.
O lançamento do 1º ciclo de capacitação Programa contou também com a presença do subsecretário de Estado de Integração Institucional, Guilherme Pacífico da Silva, do subsecretário Estadual de Direitos Humanos, Perly Cipriano, do procurador do Ministério Público, Sócrates de Souza, do coronel Rubens Ricardo Maciel Barcellos, da Diretoria de Direitos Humanos e Polícia Interativa da Polícia Militar, além de outras autoridades.
Durante o evento, os participantes também puderam assistir a uma palestra, desenvolvida pelo subsecretário Estadual de Direitos Humanos, Perly Cipriano, com o tema “Políticas em Direitos Humanos no Espírito Santo”. Perly disse que somente com ações conjuntas e sem preconceitos será possível vencer problemas sociais.
Investimentos
Com investimentos que somam cerca de R$ 4 milhões, o Governo Federal prevê a implementação de policiamento ostensivo e de proximidade nas áreas de concentração de uso de drogas, onde serão instaladas câmeras de videomonitoramento fixo. O Espírito Santo vai receber duas bases móveis equipadas com sistema de videomonitoramento, dois veículos e quatro motocicletas e 400 equipamentos de menor potencial ofensivo, além da capacitação de 240 profissionais de segurança pública que irão atuar nas cenas de uso de crack e outras drogas.
Quanto ao eixo “Prevenção”, em quatro anos, 210 mil educadores e 3.300 policiais militares serão capacitados para atuarem na prevenção do uso de drogas em 42 mil escolas públicas, alcançando 2,8 milhões de alunos a cada ano. No eixo “Autoridade” serão implantadas, em 2012, 70 bases móveis com videomonitoramento, 1.400 câmeras de videomonitoramento fixo e a capacitação de 2.800 profissionais de segurança pública.
No eixo “Cuidado”, destacam-se a implantação de “Consultórios de Rua”, que terão a incumbência de realizar a busca ativa de dependentes químicos e avaliar a necessidade de internação (voluntária ou não) dos usuários do crack, e a criação de leitos em enfermarias especializadas em dependência química no Sistema Único de Saúde (SUS), com investimentos previstos na ordem de R$ 670 milhões.
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