Governo do Estado do Espírito Santo
07/03/2012 21h00 - Atualizado em 18/05/2018 10h02

A força da mulher na Polícia Militar no Espírito Santo


Ela é policial militar há 19 anos e a única mulher da PMES a receber a patente mais alta da instituição: a de coronel. E é justamente no Dia Internacional da Mulher, comemorado nesta quinta-feira (08), que a equipe de comunicação da Polícia Militar entrevistou a coronel Maria das Graças Ferrari, 49 anos. A oficial é farmacêutica e atua no Centro Farmacêutico Bioquímico do Hospital da Polícia Militar (HPM).

Há 29 anos a Polícia Militar do Espírito Santo integrou militares femininos para atuar em diversas unidades da corporação. Atualmente são 964 mulheres na PMES (o que representa 12,5% do total do efetivo), sendo a coronel Graça no cargo máximo da carreira militar, e mais quatro tenentes coronéis, dentre elas, a primeira a comandar um batalhão, a tenente coronel Sonia Grobério, que atua no 4º BPM (Vila Velha). É justamente nesse batalhão onde trabalham mais mulheres: 66 ao todo.

Acompanhe o que disse a coronel Graça na entrevista:

Ingresso na PM:

“Em 1991 fiz concurso para farmacêutica. Tinham duas vagas e passei em segundo lugar. Comecei a trabalhar no HPM e dois anos depois, abriu outro concurso pela Polícia Militar que destinava vaga para o Centro Farmacêutico Bioquímico. Eram oito vagas e passei em primeiro lugar em 1993. Estudei e me dediquei muito para conseguir ser aprovada. Fiz o Curso de Formação de Oficial (CFO) no Centro de Formação e Aperfeiçoamento (CFA), em Cariacica, e entrei com tenente. Também passei em primeiro lugar na prova física. Esse foi o meu maior desafio. Entre as atividades, aprendi técnicas de tiro, legislação e regulamentos militares, sem esquecer as disciplinas ligadas a área de saúde. Após nove meses de formação, continuei trabalhando no HPM”.
Atividade no HPM:

“Na minha área de trabalho sou responsável por uma equipe de 71 militares. O Centro Farmacêutico Bioquímico é responsável por exames laboratoriais, material médico-hospitalar, controle de zoonoses, manipulação de alguns medicamentos, além da distribuição de remédios para programas específicos como Tabagismo, Hipertensão, DST/Aids, entre outros. Na minha área específica, lidamos com pessoas que já estão abaladas emocionalmente por questões de saúde, por razão de um diagnóstico ruim, e por isso tentamos sempre oferecer um atendimento mais humanizado a elas”.

Carreira Militar:

“Só quando fui promovida a coronel, em 3 de abril de 2007, foi que descobri que o sonho do meu pai era ser militar. Ele só me contou isso nesse dia. Ser coronel de uma entidade como a PM foi uma vitória para mim e motivo de orgulho e de muita responsabilidade. Eu não tinha ideia da responsabilidade que é incumbida a um coronel. Somos responsáveis pela liderança de muita gente e, por isso, precisamos dar o exemplo”.

Mulher na PM:

“A mulher entrou na Polícia Militar para dar uma suavizada. A mulher é mais delicada e entrou para agregar valores até porque, com as características femininas, ela traz a direfença e acaba atraindo mais a sociedade para mais perto da instituição. Nas minhas funções, procuro fazer sempre o melhor que posso, sempre me pautando pela ética e pelo profissionalismo. Acredito que a mulher dá um toque diferente nas relações por ser mais perceptiva e sensível”.

Ser mãe:

“Sou casada e tenho um casal de filhos. Ser mulher, mãe, é você ter responsabilidade, ter que se dividir, se doar, amar incondicionalmente. Ser mulher e militar é uma vitória profissional muito grande. Uma conquista. Foi uma benção de Deus na minha vida”.

Recado para mulheres:

“No Dia Internacional da Mulher posso dizer para as mulheres que a Polícia Militar é uma instituição séria, digna e que vale a pena fazer parte da corporação”.

Valorização

A presença feminina na Polícia Militar tem conquistado espaço, reconhecimento e valorização, já que a oportunidade dentro da Corporação é igual para todos.

Assim como a coronel Graça, as demais mulheres da corporação têm ganhado destaque em praticamente todos os setores da Corporação, incluindo Batalhões, Companhias Independentes, unidades especializadas como o Batalhão de Missões Especiais (BME), a Ronda Ostensiva Tática Motorizada (Rotam), o Regimento de Polícia Montada (Rpmont), o Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran), o Batalhão de Polícia Ambiental (BPAmb) e, também, na Banda de Música da PMES.

Breve histórico

Desde 1983, por meio do Decreto nº 2.569-E, de 6 de maio do mesmo ano, a Polícia Militar instituiu a Companhia de Polícia Feminina. Três meses depois, foi aberto o 1º Curso de Formação de Sargentos Femininos da PMES e, em junho de 1984, formaram-se 67 policiais femininas.

Em 1986, foi a vez da primeira turma de soldados femininos, com um efetivo de 31 mulheres. As quatro primeiras mulheres a frequentarem o Curso de Formação de Oficiais formaram-se em 1989, alcançando a 1ª e 2ª colocação.


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