A Polícia Militar do Espírito Santo (PMES) celebrou um acordo de cooperação técnica com a Associação dos Autistas do Espírito Santo (AMAES). Com a parceria firmada será possível aumentar a equipe destinada à Equoterapia e o programa passará a atender mais famílias.
O acordo é recebido com alegria, já que o mês de abril é dedicado à conscientização do autismo. Também é um mês muito importante para a PMES, que neste ano comemora seu 186º aniversário, a mais antiga e fiel instituição pública do Espírito Santo.
Há exatos 25 anos foi iniciado, no então Esquadrão de Polícia Montada, o atendimento às pessoas com deficiências através da Equoterapia, uma técnica que utiliza o equino em sessões de terapia, se aproveitando de todas as características do cavalo na busca por melhorias para o “praticante”. Inicialmente de forma bastante modesta, mas com o sentimento peculiar dos policiais militares, o de ajudar pessoas.
Com passar do tempo, os resultados alcançados foram se mostrando merecedores de maior atenção na prestação desse serviço. Tanto foi a dedicação à Equoterapia que o programa institucional da PMES foi vencedor de quatro Prêmios Inovação na Gestão Pública do ES (INOVES).
Ao longo dos anos mais famílias procuravam o serviço, oferecido de forma filantrópica e sem nenhum ônus. Atualmente são 45 contemplados e mais de 450 famílias aguardando para participarem do programa.
Tal demanda fez com que o Comando Geral da Corporação, através do Regimento de Polícia Montada (RPMont), buscasse novas parcerias e nesse sentido, a AMAES se mostrou como uma aliada. Em 19 de janeiro deste ano foi publicado no Diário Oficial do Estado o Acordo de Cooperação Técnica nº 002/2020, com o qual será possível ter condições de reforçar a equipe de policiais da Equoterapia com profissionais civis fornecidos pela AMAES, incrementando assim a capacidade de atendimento às famílias necessitadas.
Na busca pela qualidade, a PMES está realizando o 1º Curso de Equoterapia, algo inédito que possui o objetivo de qualificar os futuros profissionais, civis e militares, que trabalharão em conjunto formando a equipe multidisciplinar prevista na legislação.
Para o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Douglas Caus, “a concretização desse acordo de cooperação com a AMAES vem coroar o trabalho executado pela nossa Cavalaria, pois teremos a capacidade de implementar ainda mais nossa equipe e consequentemente diminuir a espera por parte daquelas famílias que buscam o atendimento”, declarou.
Já para o Comandante de Polícia Ostensiva Especializada, coronel Carlos Ney de Souza Pimenta, “o mais incrível nesse programa executado pela Cavalaria é exatamente o antagonismo existente, ou seja, uma força especializada que geralmente atua como último recurso do Estado para a preservação da ordem pública com característica repressiva, ao mesmo tempo é capaz de realizar uma assistência social de forma a oferecer a possibilidade de qualidade de vida tanto do praticante, quando o torna independente, quanto de seus familiares quando os deixam mais tranquilos para viverem suas vidas”.
O atual comandante do Regimento de Cavalaria, tenente-coronel Giuliano Menegatti, afirma que “esse trabalho requer muita dedicação, que somente o amor desses incansáveis profissionais fez com que aquele sonho, que outrora fora sonhado por muitos, pudesse se tornar realidade e atingir o patamar que hoje se encontra. Esse amor pelo próximo, aliado ao amor pelo cavalo, move essa engrenagem chamada Equoterapia dentro da Polícia Militar. Como disse o coronel Carlos Henrique Pereira França, eterno Comandante do Regimento, na aula de abertura do curso de Equoterapia “sinônimo de Equoterapia é amor”.
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