Na última semana, a Secretaria de Operações Integradas (SEOPI), órgão vinculado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), apresentou o Projeto Athena, cujo objetivo é promover a interoperabilidade entre as unidades de operações especiais policiais das Forças de Segurança Pública do País.

Representando o Estado do Espírito Santo, esteve presente ao evento o comandante do Batalhão de Missões Especiais (BME), tenente-coronel Paulo Rogério do Carmo Barboza; e o integrante da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE) da PCES, agente Felipe Seidel Albuquerque. A apresentação aconteceu nos dias 19 e 20 de abril.

O público alvo do projeto foram grupos de operações especiais policiais dos 27 estados da federação, compostas por efetivos com alto desempenho no emprego de táticas, técnicas e procedimentos voltados ao cumprimento de missões que suplantem a capacidade de respostas das unidades territoriais de seus respectivos estados, e também devido ao surgimento de novos cenários no campo da segurança pública que envolve organizações criminosas ultra violentas, e, eventualmente, organizações terroristas ultrarradicais, ambas com grande capacidade bélica.

O Ministério da Justiça e Segurança Pública, através da SEOPI, busca programar iniciativas que fortaleçam os órgãos de segurança pública do país, inicialmente fomentando capacitações, treinamentos conjuntos e intercâmbios de Unidades de Operações Especiais Policiais, dando suporte para que haja melhores condições de operar nos mais diversos cenários de crise de segurança pública e melhorando a capacidade de pronta resposta.

O Projeto Athena teve início no ano de 2021, sendo programado para ocorrer em quatro fases que deverão ser concluídas até o ano de 2024. No projeto, o território nacional foi dividido em três macrorregiões, sendo o Estado do Espírito Santo pertencente à Macrorregião Sul/Sudeste.

No projeto estão previstas a realização de visitas técnicas com o objetivo de debater necessidades das Unidades de Operações Especiais de cada estado da federação, a criação de grupos de trabalho compostos por policiais expoentes regionais em áreas temáticas que terão por objetivos estabelecer protocolos de técnicas e procedimentos (PTP), formatar equipes de instrutores e prospectar armamentos e equipamentos policiais especiais a serem adquiridos através de uma carteira de licitações gerida por ordem de prioridade pela gestão do Athena que visará suprir as eventuais necessidades das Unidades de Operações Especiais.

O Projeto Athena programará e realizará treinamentos de atuação conjunta anualmente sob a forma de operações simuladas com ênfase no planejamento operacional e na interoperabilidade das agências que envolverão equipes de Gerenciamento de Crises, Negociadores Policiais, Intervenção Tática e Atiradores de Precisão.

O projeto visa ainda fomentar intercâmbios de especialistas policiais que poderão se dar mediante a identificação das disciplinas de referência de cada unidade de operações especiais do país, sob demanda da unidade requisitante, de acordo com a capacidade de atendimento da unidade demandada, com diárias e passagens aéreas custeados pelo MJSP.

Finalmente, quando da conclusão do nivelamento operacional e de material das Unidades de Operações Especiais, poderão ocorrer, mediante solicitação do Ministério da Justiça e Segurança Pública às Secretarias Estaduais de Segurança Pública, acionamentos das unidades para o cumprimento de missões específicas em qualquer unidade da federação, alcançando assim o objetivo prioritário do Projeto Athena que é a interoperabilidade efetiva.

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