Policiais Militares do Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA) flagram atividades de rinha de galo e maus tratos de animais e ações verificadas neste fim de semana, em Pedro canário.
Na manhã deste domingo (04), policiais militares ambientais prosseguiram ao Assentamento Castro Alves, a fim de verificarem denúncia de rinha de galos.
Antes dos policiais chegaram ao local, algumas pessoas tentaram fugir em veículos. Alguns carros foram abordados. Em um dos veículos foram encontrados três galos com indícios de maus tratos. Em outro veículo havia materiais de manejo de galos de briga, como esporas de plástico, biqueiras, vitaminas, alimento granulado e seringas. Em todos os veículos abordados, havia grande quantidade de dinheiro em espécie.
Em razão dos indícios da prática do crime previsto no artigo 32 da Lei 9605/98 e de contravenção penal, tudo foi fotografado e relatado à autoridade policial para a instauração do inquérito policial, sendo que o proprietário dos animais deverá se apresentar ao Juizado Especial Criminal de Pedro Canário em data oportuna. Os galos foram deixados com um dos abordados na condição de depositário fiel, o qual deverá prestar conta perante as autoridades sobre o tratamento adequado do animal. Os materiais de manejo foram recolhidos para entrega na delegacia.
Após a abordagem, os policiais seguiram ao local onde foi encontrada a estrutura para rinha totalmente descaracterizada e sem nenhum suspeito próximo ao local. Foram verificados indícios sobre o responsável pela rinha e os participantes dos jogos de azar e dos maus tratos a animais que ali ocorriam.
Já na sexta-feira (02), os policiais atenderam a uma denúncia de moradores da comunidade de Floresta do Sul, também acerca da atividade de “rinhas de galo” com a manutenção de diversos pássaros silvestres mantidos em cativeiro de forma irregular.
Ao chegar ao local, de imediato os policiais já visualizaram os pássaros silvestres em gaiolas, pendurados na parede da residência denunciada. Ao prosseguir com a vistoria, a equipe flagrou dois galos com sinais claros de maus tratos, como as esporas cerradas e um deles com um olho perfurado, ferimentos característicos de animais expostos às brigas em rinhas. Ainda na mesma residência, foi encontrado um papagaio e dois coleiros mantidos em cativeiro, todos de forma irregular.
Outras duas casas foram visitadas pela equipe, onde foi flagrado outro galo em situação de maus tratos, além de mais quatros pássaros mantidos em cativeiro de forma irregular. Ainda, durante a vistoria em uma das residências, foi flagrada uma espingarda de fabricação artesanal escondida dentro de um quarto, além de uma bolsa contendo pólvora, esferas de chumbo e espoletas. Após a constatação dos crimes, V.G.S.N., de 25 anos, M.S.P.J., de 61 anos e J.P.L., de 18 anos, foram conduzidos e à Delegacia de Polícia Civil de Pedro Canário, juntamente com todos os animais e matérias apreendidos, para que os autores sejam responsabilizados por seus atos.
Segundo comandante da 3ª Companhia Ambiental, capitão Fabrício Pereira Rocha, a prática de manutenção de rinha de galos, além de configurar maus tratos aos animais, pode configurar contravenção penal de promover jogos de azar, previsto no artigo 50 do Decreto-lei 3.688/1941, sujeitando os responsáveis à prisão de três meses a um ano, e multa. O oficial alerta que a Polícia Ambiental realiza patrulhamento preventivo diuturnamente para evitar a ocorrência desses e de outros tipos de crimes, mas que com o auxílio da comunidade, através de denúncias, o trabalho será muito mais eficaz. Qualquer cidadão pode denunciar através do telefone 181 e não precisa se identificar.
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