Durante a manhã de sábado (1º), a 3ª Companhia do Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA) participou de uma ação conjunta para o reflorestamento do entorno de nascentes, que são definidas pela legislação ambiental como Áreas de Preservação Permanente (APP), dada a sua importância para a manutenção da vida.

A ação foi realizada no município de São Mateus, norte do estado, na área de manancial hídrico denominada “Nascente da Lilita”, em homenagem à Joselita dos Santos Nascimento, proprietária do local, que, durante muitos anos, vem se dedicando à preservação da nascente. Foram plantadas 115 mudas de árvores nativas com o apoio da comunidade e membros das demais entidades participantes.

Tal mobilização é fruto de um esforço conjunto entre a Associação Empresarial do Litoral Norte do ES (Assenor), sociedade civil organizada e instituições do Terceiro Setor, e denomina-se “Projeto água na mesa”, que objetiva recuperar nascentes localizadas em áreas rurais e urbanas, na perspectiva da melhoria da qualidade de vida da população local e conservação dos recursos naturais.

Segundo o presidente da Assenor, Natanagildo Beltrame, essa nascente foi especialmente escolhida para ser a primeira a ser reflorestada no ano de 2019, por ter fornecido água de excelente qualidade à população mateense, durante o período em que o município de São Mateus passou por grave crise hídrica, chegando a ocorrer o desabastecimento de água potável, devido ao intenso período de seca. Na ocasião, a nascente da Lilita garantiu o abastecimento para a dessedentação humana das comunidades mais necessitadas.

O comandante da 3ª Companhia de Polícia Ambiental, capitão Fabrício Pereira Rocha, fez uma homenagem à senhora Lilita e a presenteou com uma das 115 mudas que foram doadas pelo BPMA para ajudar na execução do projeto. O capitão Fabrício informou que as vegetações em APP são importantíssimas, uma vez que ajudam na percolação de água no solo, abastecendo assim o lençol freático e, ainda, ajuda na prevenção da erosão, impedindo a lixiviação das encostas. Além disso, essas áreas, com sua cobertura florestal preservada, funcionam como caixas d’água naturais, e constituem verdadeiros corredores ecológicos, por onde migram as diversas espécies da fauna local, proporcionando o equilíbrio ecológico e o fluxo gênico na região.

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